sábado, 6 de dezembro de 2008


Queres comprar a escada para o céu?
Sorrisos cínicos dos quais esperas verdade. Só apetece saborear o ironismo. Vá, diz o que sentes camarada.
Eu quero lá bem saber. Foi dor, doeu mesmo. Porque a culpa não foi só. Sorrir? Claro que volto a sorrir. Mas ainda dói qualquer coisa.
O que não nos mata torna-nos mais fortes.
Então ergue a cabeça e continua! Respira mais uma vez, absorve o ar, embebeda-te na poesia. Chuta a mente com a força de mil homens. Come a ideia que te vem agora a cabeça. É o melhor alimento que consegues, a alma necessita sempre de sustento.
Vou soprando, claro que vou sobreviver, havemos todos de sobreviver. Sopro, eu gostava mesmo de ter amado o Adamastor, mas não fui capaz. Gostei de D. Sebastião, grande erro. Conseguimos sobreviver a isto?
É o fardo da incerteza que não suportas. A fúria do querer, raiva de desejar, queres suster pra não mais largar. O aperto que sentes é já tão grande.
Abre a mente porra, as “portas da percepção”!
Dor. Alguém é capaz de me dar a definição de dor?
É o canto triste que escutas e que começa a ser perceptível. Ouves o som da guitarra que chora e choras. Desnuda a mente. Agora.
Eu sei lá bem, não tenho certezas, só duvidas. Estúpidas, frescas e puras. E quem quer saber? Este é o lado puro da vida.
Afinal, compramos a escada para o céu?

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